Estudante foi estuprada e filmada depois de morta no Piauí, aponta inquérito
O inquérito conclui que houve os crimes de feminicídio, estupro, fraude processual e vilipêndio a c...

A delegada afirmou que ainda está sendo periciado um telefone onde Thiago teria gravado a relação sexual com Janaína, mesmo depois de ela estar morta. "Numa análise pericial não tinha sinal de confronto. Ela estava em situação de vulnerabilidade. Não tinham marcas de violência e nem de lesões de defesa. Ela estava em situação de subjugação", afirmou a delegada.
No inquérito ainda consta que Thiago Mayson tentou apagar as imagens do celular. Ele também gravou um vídeo da própria mão ensanguentada. No documento não consta a presença de uma segunda pessoa, mas a delegada disse que as investigações vão continuar, mesmo após a entrega do inquérito.
"O inquérito tinha prazo, porque o réu está preso. Mas não descartamos nada e ainda tem um dispositivo sendo analisado e outras investigações em andamento", disse Nathália Figueiredo. "O celular dele foi apreendido e conseguimos recuperar imagens registradas pelo autor, tanto após a primeira violência sexual, entre a primeira e a segunda violência sexual, que ela ainda estava com vida, mas visivelmente desnorteada. E o segundo registro com ela provavelmente já morta e com as partes íntimas muito ensanguentadas", acrescentou a delegada.
O mestrando em Matemática Thiago Mayson será enquadrado por estupro, feminicídio, necrofilia e fraude processual. A advogada Flávia Cunha, que defende Thiago Mayson, não foi encontrada pela reportagem.
Conforme o Instituto de Medicina-Legal (IML) do Piauí, a causa da morte aponta para trauma raquimedular por ação contundente. "Houve uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e a morte", disse em nota. Segundo a UFPI, a festa estudantil ocorreu sem autorização de qualquer autoridade da universidade.